Monday, April 30, 2007

Quando estava prestes a me formar no Ensino Médio, muitas pessoas da família, aqui de sampa, me perguntaram se eu não iria prestar USP. Sempre respondi que, além de não ter cacife para tal pelo terceiro ano que fiz, não tinha a menor vontade de voltar pra São Paulo. Que adorava vir pra cá, mas que adorava mais ainda voltar pra Blumenau. A tranqüilidade de uma cidade pacata do sul. Aqueles papos de qualidade de vida. Eu acreditava nisso (acredito ainda, mas tenho uma visão mais realista e menos dorothy da coisa), e pensava ser loucura morar aqui.

Então, virei gente grande. Deveria ingressar numa carreira profissional, o que está intimamente ligado a fazer uma faculdade. Aí virou uma grande bola de neve: pra fazer faculdade na minha cidade, tinha que pagar, e bem. Não tem empregos que paguem bem quem está começando, a ponto de poder pagar uma facul de bio ou farmácia, como foi minha idéia inicial; não ter que pagar facul, só federal. Pra fazer federal, tinha que fazer cursinho e estudar bastante, sem trabalhar. Pra quem fez o terceiro ano noturno pra poder trabalhar pra pagar uma mensalidade de R$80,00, não dava pra ter paitrocínio, a coisa tava meio escura lá em casa naquela época.

A realidade me pegou de jeito. Depois de anos formada, não tinha a menor perspectiva de nem mesmo começar a facul. Nos lugares que trabalhei, recebia muitos elogios e pouco dinheiro. Sem nenhuma perspectiva de começar a ganhar legal e nem de estudar. Enquanto isso, aqui em São Paulo, as pessoas da minha família indo muito bem, obrigada. Então, num trabalho de 45 dias em São Paulo, ganhei o que demoraria exatamente cinco meses pra ganhar no “oásis”. Comecei a rever meus conceitos...

A cidade é violenta porque tem muitos assassinatos, assaltos e blá blá blá. Verdade. Mas proporcionalmente falando, não acho que seja não. Estamos falando de 18 milhões de habitantes, e toda Santa Catarina não tem nem metade disso. Qualidade de vida é algo extremamente relativo. Se ferrar um pouco (bastante) no começo (momento em que estamos agora) e estar bem depois, isto sim é qualidade de vida (momento que ainda temos chão pra chegar). Mas o se ferrando não é diferente do que estávamos em SC, então tudo bem, tudo na mesma. Mas agora existe algo real que só existia na minha imaginação: perspectiva. E se qualidade de vida é natureza, belos parques não faltam aqui.

Hoje, acredito que esse termo foi inventado pelos caras que se ferraram a vida toda, ficaram muito ricos e hoje estão hoje morando no litoral ou interior catarinense, vivendo de juros; e dizem agora que aquela cidade é uma loucura, não dá pra se viver lá. Agora é fácil falar isso.

Isso é o que mais acontece por aqui. Junta-se grana e vai embora. Como meus tios. Se ferraram muito, mas agora estão indo morar em Aracaju, comer muito caranguejo e tomar água de coco. Fruto de apenas dois anos de economias. Ah, porque tem esse detalhe também. O ganhar bem daqui é muuuuito diferente do ganhar bem em SC. Pra exemplificar: minha prima estava comentando um dia conosco de uma vaga que abriu na empresa que ela trabalha. Pergunto:

-Paga bem?
-Ah, mais ou menos...
-Quanto?
-Uns sete mil... sete meio...

E descobri que a vida aqui não custa mais não. Gasta-se um pouco mais com transporte e só. É que como a cidade oferece muita coisa boa, é muito, muito fácil mesmo gastar.

Claro que pode acontecer o contrário, mas você tem que ter visão e uma pitada de sorte pra fazer algo acontecer numa cidade pequena. Muita visão. E são poucos os que têm. Casos raros.

Quando vim pra cá escutei que eu era louca, que todo mundo quer sair de lá e eu querendo ir. De gente de Santa Catarina e principalmente daqui. Que lá é um paraíso, lá se tem a famigerada “qualidade de vida” (as pessoas realmente não deveriam usar esse termo sem pensar bem antes). Sempre falo uma coisa que ninguém conseguiu me argumentar o contrário até agora: paraíso sem dinheiro é pior que inferno. Como tudo no mundo capitalista, tudo deve ser comprado, inclusive a qualidade de vida nos lugares em que se supõe que exista naturalmente.

Se na pior das hipóteses eu voltar pra Santa Catarina, estarei com a consciência tranqüila de que pelo menos tentei. E qualquer coisa posso usar novamente o papo de qualidade de vida do yellow brick road.

Sunday, April 29, 2007

Meu paps tá em Sampa. Vou ver ele hoje.

O Ivo também tá em Sampa, devidamente instalado. Vamos revê-lo logo.

There is a god! And He likes me! \o/

Por um acaso, conversando com um dos plantonistas de química do curso, descobri que havia grandes possibilidades de não haver matemática para a segunda fase da fuvest, matéria que eu estava crente que tinha. Acabei de ver que ele estava certo. E, segundo o professor de geometria e trigonometria, não cai mais que duas questões de trig na primeira fase. Acabei de olhar a prova de 2002 da fuvest e não caiu nem UMA questão.

ADEUS TRIGONOMETRIA! ATÉ NUNCA MAIS! \o/

Pra quem tem de escolher o que estudar pois não é humanamente possível estudar tudo, é melhor perder no máximo duas questões a perder uma tarde por semana estudando, continuar não entendendo, correndo o risco de não saber fazer do mesmo jeito.

E, se eu fosse fazer bio mesmo, não cairia nem física. Acho que preciso rever meu conceitos...

Friday, April 20, 2007

E então, por motivos de vestibular maior, sou obrigada a ler a Veja. É muito bom porque toda semana encontro 1001 motivos pra sair deste país de merda, o que me dá um gás quando o meu já está acabando. Estudar pra virar gente grande e ter opções.

Tuesday, April 17, 2007

Até que não fui tão mal. Não consegui fazer quinze questões mesmo, mas ainda assim consegui acertar 60. A nota de corte é 56... tenho que manter os 65.

Monday, April 16, 2007

Pensa rápido!

É assim que a USP faz com a sua possibilidade de participação no seleto grupo de 3,chalalá por vaga para a Segunda fase da Fuvest. Joga e grita: pensa rápido!

As questões são difíceis, claro, mas pra quem anda estudando no ritmo que eu estou, já deu uma desmistificada. São difíceis mas não impossíveis como me pareciam antes. O maior problema: tempo. 90 questões em 5 horas.

Fiz neste sábado um simulado e não consegui resolver, por baixo, umas quinze questões. Não porque estavam difíceis, mas porque nem tive chance de lê-las. Acho que devem ter sido umas vinte, na verdade. Vinte.

Pelo cálculo feito pelo objetivo, você não pode levar mais que três minutos em cada questão. Só que tem umas que se leva dois só pra ler o enunciado. Me fudi.

Aí, eu fui bem em física. A receita beeeem resumida é a seguinte: você tem que manter o ritmo naquelas que você foi bem, e se dedicar mais às que você foi mal. Parece lógico. Só que, se eu fui bem em física porque estudei muito física, sem sobrar tempo pra outras matérias, que que eu faço? Hein? hein? HEIN!? Estudar mais que as seis além da aula que eu já estou estudando, não dá.

Anyway, agora é descobrir como fazer pra arrumar isso. Não faço a menor idéia de como, mas vou ter que descobrir logo. Até 25/11 tudo tem que estar andando perfeitinho.

Pior é lembrar do john lennon...
Life is what happens to you while you are busy making other plans
Esse ano vai ficar pendurado,mesmo. Vou ficar devendo.

Tuesday, April 10, 2007

Criança Parte II

Depois de tomarmos banho, passei desodorante. A Amanda olha e pede pra passar também.
- Quero ficar cheirosa também.
- Esse não deixa cheiroso, só não deixa ficar fedido. Você ainda não precisa porque você é novinha, mas tudo bem.
Passei. Expliquei pra ela:
- Quando a gente fica mais velha, a gente fica fedido embaixo do braço.
- ... Nossa... A vovó deve passar um montão disso!

Blemenau

Feriadão em blumenau. Sempre deprimente, mas desta vez foi especial. A chuva foi um plus a mais. Ainda não sinto saudades da cidade, tenho que dar um tempinho maior.

Bom ter revisto o gay e a momy, estava com saudades.

Fui trocada por Navegantes. Eu mereço.

Tuesday, April 03, 2007

Criança Parte I

Criança pequena (dos outros) é uma coisa coisa muito legal.
Estava a Carol aqui (uma menina linda sobrinha da minha tia, mas que não é minha prima), e ela quis ir ao banheiro. Tá com dois anos e meio e tirou a fralda há pouco tempo. Minha tia a levou, e quando ela terminou já tava saindo sem se limpar:
- Calma Carol, tem que secar a perereca!
-Perereca!?
- É... como é que você chama?
- Carol, ué!